Hey, guys! Tudo bom? Espero que estejam gostando das postagens direcionadas ao projeto Anne Frank, e hoje, tenho mais uma novidade que muitos não sabiam... O livro é alvo de uma polêmica internacional. Há quem defenda que a obra entrou em domínio público em 2016, quando a autora fez 70 anos de morte. A "Anne Frank Fonds", fundação que detém os direitos do livro, diz que não - Otto Frank, pai da autora, teria direitos autorais sobre a obra. Como seria organizador do diário, o livro só entraria em domínio público após 70 anos de sua morte.
Para entender a polêmica, é preciso saber que existem quatro versões do diário. O texto bruto (vocabulário) escrito por Anne, é conhecido como "Versão A". Um segundo, editado por Anne especificamente para a publicação, é conhecido por "Versão B". O livro editado por seu pai, Otto Frank, conhecido como "Versão C". A versão da escritora alemã Mirjam Pressler, conhecida por "Versão D", organizada em 1995. O trecho da versão D é a tradução de Alves Calado, a partir do inglês, feita para a Rede Record de Televisão em 2013.
Infelizmente, não encontrei muitos dados sobre a versão D...
A Folha pediu que Daniel Dago traduzisse dois trechos nas quatro versões, para que fosse possível compará-los. A ideia foi "jogar luz" sobre a polêmica: Otto Frank, foi "organizador" do diário, ou um "mero editor" (Segundo a Anne Frank Fonds)?
Versão A - Em 12 de junho de 1942, seu décimo terceiro aniversário, Anne Frank recebe o famoso diário de anotações vermelho e branco. Quando Margot recebe uma chamada para denunciar o "dever de trabalho na Alemanha" no início de julho de 1942, a família Frank se esconde nos andares superiores do anexo secreto no Prinsengracht 263. Anne leva seu diário com ela. No final de setembro de 1942, depois de ler um de seus livros favoritos 'Joop ter Heul' de Cissy van Marxveldt, Anne decide escrever suas ideias, pesamentos e sentimentos na forma de cartas para um "grupo imaginário de amigos", de quem "Kitty" é seu favorito. No final de 1942, o primeiro diário está quase completo. Anne continua a escrever em vários cadernos, não todos preservados, quase todos as anotações de 1943 estão faltando. Essas anotações no diário original (3 cadernos e o diário de anotação vermelho e branco) compõem a versão A.
Versão B - Na primavera de 1944 o Ministro Bolkenstein faz uma solicitação na Radio Oranje para que sejam guardados diários e outros escritos feitos durante a ocupação. A Anne decide reescrever os textos do seu diário original na forma de novela. Ela quer que estes sejam publicados depois da guerra. Começa a escrever em folhas de papel soltas a 20 de maio de 1944 e continua nas dez semanas seguintes até à detenção. Estes textos reescritos da Anne Frank vão até março de 1944 e são conhecidos como a versão B.
Versão C - As pessoas no esconderijo foram traídas e detidas a 4 de agosto de 1944. Depois da detenção as duas ajudantes, Miep Gies and Bep Voskuijl recolhem tudo o que conseguem encontrar dos escritos da Anne. Um ano depois quando é certo que apenas o pai de Anne sobrevive aos campos de exterminação. Miep Gies dá-lhe os escritos da sua filha. Destes, Otto compila o livro 'O Anexo Secreto'. Esta versão torna-se a versão C e é uma combinação de passagens da versão A e B de Anne. Otto teve que combinar as duas versões porque a versão A está incompleta e a versão B termina antes de 1 de agosto.
Infelizmente, não encontrei muitos dados sobre a versão D...
Até mais, espero que continuem acompanhando o blog, kisses!
1) http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/01/1727636-compare-as-quatro-versoes-de-o-diario-de-anne-frank.shtml
2) http://www.annefrank.org/pt/Anne-Frank/O-diario-e-publicado/As-diferentes-versoes-do-diario-da-Anne/
2) http://www.annefrank.org/pt/Anne-Frank/O-diario-e-publicado/As-diferentes-versoes-do-diario-da-Anne/
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